terça-feira, 26 de maio de 2009

Sobre os centauros gaúchos


Carlos Soares (casns_rs@yahoo.com.br) postou um comentário, no site da Carta Capital, ao meu artigo abaixo. Como o artigo sumiu da capa do site Carta Capital e depois que isso acontece fica difícil de localizar, tomei a liberdade de copiar o comentário aqui. O raciocínio do Carlos ( que não conheço) é muito interessante. Lá vai:

Partamos de algumas obviedades. O governo Lula, sem ser uma revolução democrática, representa um grande avanço para o Brasil, com nação e como Estado. Equipara-se à obra de Vargas que impulsionou a industrialização do país. O atual governo, longe de ser socialista, estabelece bases para a inserção soberana do Brasil no cenário internacional, a dignificação de suas camadas mais miseráveis e alavanca a sua economia para um ciclo virtuoso: banqueiros, industriais, fazendeiros, agricultores e operários tem obtido vantagens desse movimento. Trata-se de um pacto social liderado pela classe trabalhadora com a consciência que foi construída pela aliança de sindicalistas, CEB's e intelectuais marxistas. Se a consciência é limitada, o mea culpa deveria ser geral. Mas é um avanço em relação ao desmantelamento que vinha sendo feito pelos neoliberais vassalos do capitalismo imperial. Nesse quadro, com correção a direção do PT deve fazer ver aos nobres centauros gaúchos que há a hora de guiar e há hora de deixar-se guiar. A vitória de Dilma e a continuidade do processo de emancipação soberana da república (não dos trabalhadores) é o que se deve buscar hoje. E para isso, setores moderados do PMDB podem sim ser apoiados. Deve-se subordinar os conflitos locais às necessidades do cenário nacional. Como sempre se disse no próprio PT, o importante não é o nome do partido na cabeça, mas estabelecer um programa que aprofunde a democratização da vida e o desenvolvimento da economia, o que não se faz sem distribuição da riqueza e promoção do protagonismo econômico. E que nessa grande aliança democrática pelo desenvolvimento não se esmaguem os pequenos partidos que representam minorias socialistas e comunistas - isso será mais desafiador para o PT que ser vice do PMDB.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olha, o Carlos aí vem com uma conversa sofisticada pra defender o indefensável. Rigotto foi um governador medíocre. Não tem como conduzir nada. O PT apoiar esse cara é enterrar o partido por uns 20 anos.