quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Sineta na mão


Nos jornais de hoje os partidos de oposição ao governo do Estado anunciam a disposição de buscar reverter os efeitos mais negativos sobre os professores (interrupção da contagem do tempo para progredir na carreira, desconto dos dias parados etc) da recente derrota da greve da categoria. O governo Yeda, por antecipação, já dá o roteiro da nova disputa, agora no terreno judicial: pode perder em primeira instância, mas ganha em nível nacional, onde todas as decisões tem sido negativas para o funcionalismo.
A gravidade desta derrota é enorme. Parece que está caindo a ficha para os partidos da oposição, mas talvez seja tarde demais e muito insuficientes as medidas em curso. O resultado disso, em 2010, pode vir a ser a reeleição de Yeda ou pelo menos a de alguém alinhado com seu projeto. Note-se que até a semana passada a reeleição de Yeda era considerada inviável.
A derrota no terreno sindical (e social, porque a educação pública agora vai pro brejo de vez)se dá na sequência das derrotas em Porto Alegre, Caxias e Santa Maria onde os generais mais experientes da esquerda gaúcha travaram suas batalhas eleitorais e perderam. Derrota eleitoral, derrota sindical, derrota social e (não sei se acordei pessimista hoje), tudo indica, uma derrota política iminente.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quer dizer que a culpa é do sofá?

Vocês não sabem fazer pesquisa; não sabem ler a voz do povo; não sabem tabular a ciência política; apresentam candidatos que o eleitor não engole, e a culpa é nossa? É da Yeda?
Sugiro relerem o livro "Discursos do Lula" ou rever o filme "Entreatos".
Só o que falta agora é vocês quererem que o Olívio ou o Tarso sejam candidatos ao governo. Sei de alguns problemas internos do PT, mas hoje vocês só tem um candidato para desunificar o PT e unir a sociedade: Paim.
Não tentem fazer uma aliança externa e acabar por esquecer a interna. Perdoem o negrão (ah, eu sou negro também). Provavelmente ele não leu Stálin, Lênin, Marx, Engels, Luxemburgo. Mas ele fala a língua dos incultos e dos cultos (sempre de nariz fechado). Coloquem ele de candidato (balão, pois ainda há tempo, e muito tempo) e vejam o PMDB, o PSB, o PDT, o PTB, o PCdoB, o PPS, todos correndo atrás. Façam uma pesquisa junto à CUT e à Força Sindical e vejam o que eles acham. E como vice sugiro, s.m.j., o Fetter (ou alguém que tenha seu perfil (eu não o conheço pessoalmente, mas sei das suas articulações)) de Pelotas. Loteiem o governo, coloquem o Rosetto na indústria e comércio, o Olívio no Banrisul, o Tarso no Senado ou quem a aliança indicar, e ganhem. E renovem o sabor de ganhar com aqueles que vocês admitiram há muitos anos.
Entretanto, se querem bancar os radicais, o centro da ideologia do mundo, a epistemologia da teoria política, sugiro colocarem o Raul. E como vice algum professor com mestrado ou doutorado, que fale difícil (do tipo peremptório), mas nos encha de orgulho de ficar o mais distante possível do povo, dos trabalhadores, do proletariado (lembram deste termo). Perderemos, mas vamos dormir em paz, afinal, lutamos. E o povo votou errado.
Ah, por favor, não inventem de diminuir seu nome (lembram da maria).
Isso é um blog?

Um forte abraço,

Sílvio Carneiro