domingo, 26 de outubro de 2008

As lições de marketing do segundo turno no RS (2)


Em Pelotas, Marroni seguiu o mesmo curso de Porto Alegre. Com muito mais chances, Marroni tinha tudo para posicionar-se como o defensor de Pelotas e acantonar Fetter como o candidato das elites e da máquina. Os demais, sem chances, seriam os candidatos de seus próprios interesses a serem cortejados tendo em vista um provável segundo turno.
Numa campanha que iniciou tarde e menosprezou o trabalho de infantaria até a reta final, uma decisão de marketing equivocada colocou tudo a perder. Marroni contratou uma equipe de fora do estado que o transformou no primeiro turno em "amigo" do Lula em Pelotas, deixando as realizações e a defesa do município simbolicamente nas mãos de Fetter. Nem mesmo as alianças de segundo turno com o populista Anselmo e a intervenção na condução da TV conseguiram reverter as tendências de isolamento semeadas no primeiro turno.
Pelotas não é Porto Alegre, mas a opção por "nacionalizar" o marketing, trazendo equipes caras e limitadas (pela sua incompreensão da realidade e da cultura locais), que vendem "pacotes de marketing", e na verdade não sabem fazer campanhas concretas para realidades concretas, também redundou num fracasso.

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