quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Quando o vice derrota o candidato


Eu estava em Brasília anteontem enquanto Barack Obama vencia as eleições nos Estados Unidos. Estava num bar, numa festa de aniversário do Philippe Seabra, amigo do meu irmão, Fernando Rosa. Philippe e o Senhor F (quase uma lenda em Brasília - ver www.senhorf.com.br) são sócios musicais e de sonhos movidos a rock and roll.
Philippe criou a Plebe Rude, uma banda de punk rock que fez muito sucesso nos anos 80. Fazendo 42 anos anteontem, Seabra é cidadão americano e votou em Barack. Foi ele quem me deu uma lição grátis de marketing: a escolha do vice pode ser mortal, nem sempre o vice é o rabo do cachorro.
Conforme o Philippe, a vice de John McCain era muito ruim. Como McCain já está muito velho (1936- ), o medo de que o cara viesse a morrer cresceu no eleitorado norte americano e junto o pavor de que o país viesse a ser governado por uma presidente pior ainda que Bush. Isso acabou anulando as resistências racistas a Barack Obama. Ou seja, no caso, um dos principais motivos da derrota de McCain, visto como o mais democrata dos republicanos, teria sido uma escolha errada do candidato a vice. No meio de muita cerveja, bolo, velas e parabéns, esta foi a lição de um democrata autêntico e militante. Que estava particularmente feliz com a vitória de Obama.

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